Nenêm, o famoso Dorismar

Para um atleta ter sucesso na carreira, uma série de fatores é levada em conta, desde o trabalho nas categorias de base até o sonhado profissionalismo. Para uns, a sorte se alia a competência e estar no lugar certo, na hora certa, encurta caminhos. Com um currículo recheado de grandes clubes e conquistas, o lateral-direito Neném, que atualmente vive o desafio de levar o modesto Cardoso Moreira-RJ à elite do futebol do estado, foi um desses escolhidos pelo destino e tem sua história diretamente ligada ao 'cara' certo: Luiz Felipe Scolari. Revelado pelo Americano-RJ, o jogador foi contratado pelo emergente União São João de Araras como grande promessa, ao lado do também lateral Léo (Benfica) em meados da década de 90 e viu sua vida mudar quando, ao lado do treinador do penta, chegou ao Palmeiras, em 97.

- O Felipão me viu jogar pelo União e me levou para o Palmeiras. Fomos vitoriosos no clube, ganhamos tudo, inclusive a Libertadores de 99. Sem dúvida, ele é o grande responsável pelo sucesso que tenho na minha carreira. Lógico que outros profissionais têm uma grande parcela, mas 70% do jogador que sou, devo ao Scolari, que foi meu segundo pai.

Mesmo sendo reserva do paraguaio Arce por anos, Neném não guarda nenhuma frustação de sua passagem pelo Palestra Itália.

- O Arce era um jogador mais caro e experiente. Por conta disso e de outras coisas que acontecem no futebol, ele era titular. Sempre fui paciente e aproveitava as oportunidades com unhas e dentes. Para manter o alto nível, era importante que todos os titulares tivessem uma sombra a altura e sempre tive meu papel reconhecido. A maior prova disso foi o Felipão ter me levado para o Cruzeiro.