quarta-feira, 27 de junho de 2007

Arilson, tudo isso por causa de uma fuga......

Em pé: Arce, Danrlei, Adílson, Dinho, Rivarola e Roger
Agachados: Jardel, Luís Carlos Goiano, Paulo Nunes, Arílson e Carlos Miguel

Ele já foi campeão da América pelo Grêmio, campeão gaúcho pelo Internacional, jogou pelo Bayer Leverkusen da Alemanha e até foi convocado para a Seleção Brasileira pré-olímpica. O currículo do meia Arílson, gaúcho de Bento Gonçalves, era o sonho de todo jogador de futebol, mas hoje, aos 34 anos, a realidade é bem diferente.
Depois de passar por vários clubes brasileiros, perseguido pela fama de boêmio, o jogador tenta reencontrar o sucesso vestindo a camisa do Imbituba Futebol Clube, equipe de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, fundada há um mês e que vai disputar a Divisão de Acesso (Segunda Divisão) do Campeonato Catarinense a partir de 8 de julho. Apesar de estar em um time modesto e desconhecido, Arílson quer provar que ainda tem condições de voltar a uma equipe de Série A ou até mesmo do exterior.
Essa é mais uma tentativa de dar a volta por cima na carreira ou o indício de um fim de carreira?
Arílson – Para mim é um recomeço. Meu objetivo a
qui em Imbituba é fazer um bom campeonato para conseguir abrir novas portas no futebol, quem sabe voltando a um grande clube de Série A ou até mesmo do exterior.

A fama de boêmio, parceiro das festas e da noite ficou no passado? Como está a vida do Arílson hoje?
Arílson – Mudei bastante, estou mais experiente, mais vivido. Essa fase de “adolescente” já passou, hoje é só fama mesmo. Continuo jogando meu futebol, óbvio que sem a mesma velocidade de antes, mas aprendi os atalhos dentro de campo e nesse aspecto estou melhor do que quand
o tinha 20 anos.

Que lembranças boas você guarda da década de 90, quando ganhou títulos importantes e projeção internacional?

Arílson – Conquistei 11 títulos e a melhor lembrança foi o da Libertadores pelo Grêmio em 1995. Também teve o campeonato gaúcho de 97 ganho pelo Internacional. Eu era o capitão, ganhamos o Gre-Nal decisivo por 1 a 0.

Se pudesse voltar ao passado para corrigir algo, o que você mudaria na sua vida?
Arilson – Não me arrependo de nada do que fiz, mas se fosse hoje não faria novamente, como aquela vez que abandonei a Seleção Brasileira no Pré-olímpico, na Argentina. Eu era um guri de pouco mais de
20 anos e recém havia me transferido para a Europa onde disputava um campeonato importante pelo Bayer. O Zagallo me chamou e em três partidas nem no banco fiquei. Pedi para ser liberado, ele não me liberou, mas assim mesmo fui embora.
Que conselhos você daria para os atletas que querem seguir o futebol profissional?
Arilson – Treinar e treinar muito, mesmo que se
ja reserva, pois quando pintar a oportunidade deve estar pronto. Fora de campo se dedicar à família, pois ela é tudo para uma pessoa, e também procurar estudar. A carreira de jogador passa rápido, logo se chega aos 30 anos e é preciso ter estudo.
Quem é o melhor jogador atualmente hoje no futebol mundial?

Arilson – O Ronaldinho Gaúcho é craque e meu amigo, mas hoje quem vive melhor fase é o Kaká. Há também outras estrelas como o Riquelme, que se destacou na Libertadores, e o Totti, da Roma.

Se tivesse oportunidade de escolher onde jogar, qual clube escolheria?
Arilson – Poderia citar vários clubes, Grêmio, Inter, Palmeiras e tantos outros, mas em Santa Catarina temos grandes clubes como Figueirense, Criciúma e Avaí, onde eu já estive com o Adilson Batista. Estou
aqui nessa rota e fazer um bom campeonato pelo Imbituba vai me dar uma boa visibilidade no futebol catarinense.
O Imbituba vai ser treinado pelo Grizzo (ex-jogador de Botafogo e Criciúma, entre vários outros) e também vai ter no elenco o Dauri (ex-Criciúma, Grêmio e Internacional, entre vários outros).
Esse Imbituba é "Futebol Clube" e foi criado neste ano. Não é o imbituba Atlético Clube, que já participou de algumas edições da segundona de SC (três, salvo engano) e continua como clube social, mas não tem mais departamento de futebol profissional.
Arilson nos tempos do Universidad do Chile.

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